segunda-feira, 7 de julho de 2014

TECNOLOGIA DE INF.E COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR. ANDRÉIA, JOSILENE

ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
CURSO DE PEDAGOGIA
TRABALHO DE TECNOLOGIA DE INF. E COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR.

ANDREIA DA SILVA
JOSILENE VASCONCELOS DA SILVA CAMILO
TRABALHO DE TECNOLOGIA DE INF. E COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR.
Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia de Inf. E Comunicação no Contexto Escolar na Universidade do Estado de Mato Grosso- Campus Universitário de Sinop- UNEMAT,Curso de Pedagogia, sob a orientação da professora Sandra Straub.

LIBRAS A INCLUSÃO E A EXCLUSÃO DOS SURDOS.
PROBLEMA:
Quais as dificuldades encontradas pelo professor com os alunos surdos.
CERTEZAS PROVISÓRIAS:
Há exclusão do aluno na sociedade e a falta de conhecimento do educador sobre a inclusão do surdo.
DUVÍDAS TEMPORARIAS:
Como o professor desenvolve suas atividades diárias na sala de aula com surdo.
JUSTIFICATIVA:
Nossa inquietação surge diante das dificuldades enfrentadas pelo aluno surdo nas atitudes discriminatórias de pessoas que diferem esse grupo e os surdos sofrem restrições na sociedade.
OBJETIVO GERAL:
Compreender como acontece a inclusão na sala de aula do aluno surdo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Identificar como acontece a Língua de Sinais na escola.
 Verificar o processo de inclusão do aluno nas práticas pedagógicas.
 Reconhecer as dificuldades do pedagogo sobre a inclusão do surdo nas atividades.
METODOLOGIA:
A pesquisa teve como abordagem qualitativa e foi realizado por meio de estudo de caso.
Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa ou uma unidade social (FONSECA, 2002).
A entrevista foi realizada na UNEMAT Sinop com acadêmica surda, intérprete de Libras e professora.
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL.
No Brasil a educação dos Surdos inicia no segundo Império, com chegada do educador francês Hernest Huet, ex-aluno surdo do Instituto de Paris, trouxe o alfabeto manual francês e a Língua Francesa de Sinais. Que deu origem a Língua Brasileira de Sinais. Huet apresentou documentos importantes para educar os Surdos, e não tinha escolas especiais. Solicitou ao Imperador Dom Pedro II, um local para funda, em 26 de setembro de 1857, o Instituto dos Surdos – Mudos do Rio de Janeiro, onde o Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, mas em 1911 passou a adotar o Oralismo puro, a determinação do Congresso Internacional de Surdos–Mudos de Milão. Dr. Menezes Vieira, que trabalhou no Instituto, defendia o método que as relações sociais o indivíduo surdo usaria a linguagem oral e não a escrita, o Instituto tinha 100 vagas no Brasil todo e 30 somente eram financiadas pelo governo, que oferecia a educação gratuita. Os alunos tinham idades de 9 a 14 anos, E tinha oficinas de sapataria, encadernação, pautação e douração. O Dr. Tobias Leite apresentou o um foco diferente do Dr. Menezes Vieira no que se referem à educação dos Surdos.
Entre 1930 e 1947, Instituto esteve sob gestão do Dr. Arnaldo Paiva Lacerda, e esse período desenvolvida por ele Pedagogia Emendativa do Surdo–Mudo e destaca o método oral seria a única maneira ser incluído na sociedade.
A visão que este diretor tinha da educação dos Surdos pode ser demostrada por meios da seguinte afirmação: ´´Separados os anormais em classes homogêneas suaviza–se sobremaneira a tarefa educativa que é muito mais difícil e ingrata em relação a estas crianças``.
Em 1951 quem assume o Instituto a Profa. Ana Rímoli de Faria Dória. Era a primeira vez que em 100 anos tinha uma profissional da educação a frente do Instituto, e a grande inovação era o curso de formação para professores para surdos, este curso tinha duração de três anos. A metodologia era voltada para o Oralismo. Na década de 1970 com a visita de Ivone Vasconcelos, educadora dos surdos da Universidade Gallaudet, chegou ao Brasil a filosofia da comunicação Total na década seguinte as pesquisas da professora linguística Lucinda Ferreira Brito sobre a Língua de Sinais Brasileira de Sinais e da professora Eulália Fernandes, sobre a educação dos surdos, o bilinguismos passou a ser difundidos.
E outros Institutos fizeram parte da historia da educação dos Surdos no Brasil, como o Instituto Santa Teresinha fundada em 1929, em Campinas e se transferido para São Paulo em 1933, até o ano de 1970, funciona como internatos para meninas surdas em seguida aceitaram
os meninos Surdos, e trabalho com o conceito de integração no ensino regular. E atualmente atende o ensino fundamental e é particular. Outra Instituição é a Escola Municipal de Educação Especial Helen keller, fundada em 1951 pelo então prefeito de São Paulo, Dr. Armando de Arruda Pereira, outra Instituição em São Paulo–IESP. Fundada em 1954 e foi doada em 1969 para a PUC/ é atualmente é referencia para pesquisas e área da deficiência auditiva.
Nas experiências desenvolvidas foram percebidos que o trabalho terapêutico com os Surdos e sua capacidade de desenvolver a linguagem oral é possível. Vai depender do resíduo auditivo e sua estimulação para fala, o uso de bons aparelhos de Amplificação Sonora Individua, e temos de oferecer a possibilidade para os surdos se desenvolvam a linguisticamente, pedagogicamente e como cidadãos, e isso deve ser pela Língua de Sinais, oferecendo esta possibilidade.
AS LEIS QUE REGULAMENTAM A LIBRAS
Foi com a Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002 que a LIBRAS passou a ser reconhecida como meio legal de comunicação e expressão objetiva das comunidades surdas do Brasil, devendo ser garantidas, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o seu uso e difusão:
Em reflexões sobre o Decreto Federal nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005 sobre a
formação do professor de LIBRAS, percebe-se que há muitos conflitos sobre o reconhecimento linguístico das Libras e sobre a obrigatoriedade da inclusão dessa língua como Disciplina Curricular nos cursos de Magistério, Fonoaudióloga e Educação Especial, sendo estas discussões relevantes e pertinentes no campo acadêmico.
Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. (LEI Nº 10.436, 2002).
A LÍNGUA DE SINAIS.
As línguas de sinais são naturais, pois surgiram o convívio entre outras pessoas. A língua de Sinais distinguem–se das Línguas orais porque se utilizem de um meio visual -
espacial e oral- auditivo na elaboração da Língua de Sinais, precisando olhar os movimentos que o emissor realiza a mensagem ,já a Língua oral precisamos ouvi- los. A Língua de Sinais possuem um mecanismos morfológicos, sintáticos e semânticos, o canal usado nas Língua de Sinais (o espaço) que contribui muito para a produção de sinais.
A Língua de sinais não é universal cada uma tem uma própria estrutura gramatical, cada uma como suas culturas de povo. Mesmo países com a mesma língua oral possuem a língua de sinais deferente, um exemplo é o caso do Brasil e do Portugal possuam a mesma Língua oral, e a Língua sinais é diferente com suas características próprias. E nos Estados Unidos e Canadá, usa a mesma Língua oral e a mesma Língua de sinais.
A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.
A Língua Brasileira de Sinais é a língua utilizada pelas pessoas Surdas que vivem no Brasil e tem a sigla a inicial das palavras, sendo chamada de LIBRAS. A LIBRAS como descrito anteriormente é uma modalidade gestual. A Língua oral tem pontos de articulações dos fonemas, temos na língua de sinais pontos de articulações que são expressados por toque no corpo do usuário da língua ou no espaço neutro.
Na Língua Brasileira de Sinais, precisaremos usar os cincos parâmetros desta língua que são: Configuração das Mãos (CM): são as formas que colocamos as mãos para execução do sinal, pode ser representado por uma letra do alfabeto, dos números ou formas de colocar a mão no momento inicial.
Ponto de Articulação (PA): é o lugar onde incide a mão configurada para execução do sinal. O ponto de articulação pode ser alguma parte do corpo ou sinal poderá ser realizado num espaço neutro vertical (ao lado do corpo) ou espaço neutro horizontal (na frente do corpo).
Movimento (M): alguns sinais tem movimentos, outros não são, são sinais estáticos, movimentos deslocação da mão no espaço na execução do sinal.
Orientação ou Direcionalidade (O/ D): é a direção que o sinal terá ser executado.
Expressão facial e / ou corporal (EF / C): Muitos sinais necessitam de um complemento facial e até corporal para fazer com que sejam compreendidos.
A expressão facial são as feitas pelo rosto para dar vida e entendimento ao sinal executado.
Precisamos ficar atento para estes parâmetros porque não pode ter mudanças, visto que uma mudança já poderá ter outros significados.
EXCLUSÃO
O fracasso é resultado de uma pressão metafísica que se exerce sobre o sujeito especiais: eles estão presos condicionados a respirar através falsas representações sociais, reguladores por meio de normas e hábitos medievais não podem comunicar-se pois tem que aprender como superar a deficiência e ser iguais aos demais. O fracasso é o resultado de um complexo mecanismo que reuni fatores sociais políticos, linguísticos, históricos e culturais, e que provém daqueles profissionais que, dando-se conta ou não, representam e reproduzem a ideia de um mundo homogêneo, compacto, sem variações, sem fissuras.
O preconceito e a educação deturpada que o surdo recebe desde pequeno pela sociedade de uma forma geral, que não consegue qualifica-lo a ocupar o seu lugar de direito. Isso contribui para o comportamento de incapacidade do surdo, imposto por uma sociedade preconceituosa e ignorante dos fatos.
É preciso que haja mudança, a sociedade deve conhecer a pessoa surda, cabe a sociedade abrir o espaço para as pessoas com necessidades especiais sejam incluídas, pois o que mais há é a falta de inclusão, de certa forma há preconceito. Podemos observar que estar excluído é ocupar um lugar a margem de um processo, permanecer na periferia, a exclusão pode ser lida em processos de segregação nas formas de organização da produção econômica.
INCLUSÃO
De acordo com a Lei 9394/96- (Lei de Diretrizes e Bases), os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais, currículos, métodos, recursos educativos, professores com especialização adequada, educação especial para o trabalho, visando sua integração na sociedade e acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais.
Conceitua-se a inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistema sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problema, decidir sobre soluções e efetivar a equipação de oportunidade para todos. (SASSAKI, 1997 p.3).
A ação da inclusão são propostas já discutidas, considerando as diferentes necessidades especiais ou por pertencerem a línguas diferentes, enfim as minorias possuem um histórico de exclusão que justifica o surgimento de legislações que contemplem as condições destes grupos. Compreender e admitir que a exclusão é uma prática em nossa sociedade é um tema
desafiador. Entender a inclusão de Surdos e reconhecer uma diferença e não deficiência, e usar a língua de sinais são falar com as mãos e ouvir com os olhos e interagir com uma cultura através dos sinais.
Há uma grande necessidade com relação à inclusão dos surdos em nossa sociedade, as limitações são visíveis, a falta de recursos de uma melhor estrutura para recebê-los. Ambas as faculdades não há uma adaptação nos conteúdos e nem nas metodologias. Há certa quantidade de textos específicos do curso, em que a proposta se baseia em leitura seguida de um resumo ou resenha crítica, exposição do texto para os demais da sala e pesquisas bibliográficas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, Josiane Julia Facundo de, e Silvana Araújo Silva, Língua Brasileira de Sinais –LÍBRAS, Apostila da Unopar, São Paulo, 2009, p 119, 120.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Federal Lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi criado e dispõe sobre a proteção dos mesmos, refere-se em seu IV Capítulo à educação. Disponível em: <http:/portal.mec.gov.Br/Seeesp- Portal Seesp>. Acesso 12 de outubro de 2013.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002, p33, Apostila.
Lei Nº 10.436, 2002). http://www.educonufs.com.br acesso em 04/05/2013.
SASSAKI, Romeu kazumi, Inclusão Construindo uma Sociedade para todos. WVA Editora, 5º Edição, Rio Janeiro, 1997, p.3.
SKILIAR, Carlos. (org), Educação e Exclusão, Abordagens Sócio – Antropológicas em Educação. Editora Mediação, 3º Edição, Porto Alegre 2001 p.14 e p.15.

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