terça-feira, 1 de julho de 2014

JOSÉ RIBAS DE MOURA



UNEMAT-UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

JOSÉ VALDOMIRO RIBAS DE MOURA



Resumo crítico apresentado a disciplina Tecnologia de Informação e Comunicação no Contexto Escolar, sob a orientação da professora Dra. Sandra Luzia Straub, para obtenção parcial de nota no V semestre de Pedagogia.
Acadêmico: José Valdomiro Ribas de Moura

ADMIRAVEL MUNDO NOVO

A obra de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, é tão contundente quanto o livro 1984 de George Orwell, por também nos apresentar a um mundo futurista, fruto de sua fértil, criativa e visionária imaginação. Publicado pela primeira vez em 1932, ele retratou quase que com fidelidade total, a nossa atual realidade, o que nos remete a algumas profundas reflexões, enquanto  habitantes de um planeta onde muitas vezes,  nos deparamos com alguns idealistas totalmente desprovidos de comprometimento ético, onde os interesses da humanidade são mero detalhe.
A obra em questão coloca a nossa frente um mundo dividido em castas, situando-se  no topo da pirâmide a casta Alfa, ficando a casta  dos Ipsilons na base da estrutura social estabelecida. O estado totalitário zela pelo bem estar de todos, desde o nascimento até os últimos dias de sua vida; todos são sujeitados aos desmandos do governo, que usa de uma poderosa droga chamada SOMA, cuja distribuição é gratuita para todos em doses convenientemente estudadas pelo estado, através da qual, a partir de seus efeitos, o governo subjuga a todos de acordo com seus interesses, sem encontrar a mínima resistência.
Para a maioria das castas é proibido o contato com livros ou qualquer tipo de leitura desde a infância, uma maneira de conduzi-los tal qual um dócil e domestico rebanho, não lhes dando qualquer oportunidade de, através da aquisição de leitura ou conhecimentos, virem a se tornar reflexivos e questionadores. Conceitos comuns em nossa realidade tais como, ética, moral e religião, inexistem nesse “Admirável  Mundo Novo”. Bernar Marx, um sujeito pertencente a mais alta casta(Alfa Mais), está insatisfeito com a forma de vida a que são submetidos, ele por ser psicólogo e detentor de um bom conhecimento e por extensão ser um sujeito reflexivo, começa a questionar tudo o que se passa a sua volta; apaixona-se por Lenina, pertencente a casta Beta Mais, contudo Marx desaprova as relações superficiais, as únicas aceitas pelo regime.
Certa ocasião viajando até uma reserva histórica, que era como se referiam a nossa sociedade ou nosso modo de viver, Marx acabou conhecendo uma mulher chamada Linda e seu filho John, que pertenciam ao mundo futurista, porém Marx decide leva-los de volta de volta na tentativa de reintegra-los a sociedade tida como civilizada, contudo por não possuir dotes físicos privilegiados, e ser considerada esteticamente desprovida, Linda sofre com a rejeição; John, por sua vez, embora visto como uma aberração, exerce um certo fascínio os residentes locais. 
Em suma a suposta e perfeita sociedade, idealizada e consumada cientificamente, de onde nascem seres autômatos e robotizados, pré-condicionados a obediência cega, graças as informações que recebem ainda na incubadora, através da hipnopédia(método de ensinar durante o sono), tornando os desprovidos da capacidade de raciocínio, poderá ser um lugar ideal na visão de algum lunático sem qualquer senso de humanidade e que disponha de tempo ocioso sem saber o que fazer para melhor aproveita-lo.

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